segunda-feira, 14 de maio de 2012
XXIV - Surpresa!!!
Então chegamos a difícil conclusão de que deveríamos esperar que Rick voltasse, para que déssemos (Ou não) continuidade ao nosso plano sacaninha. Iríamos suportar a densa nuvem de tensão sexual a nossa volta, e estávamos dispostos a tomar muitas duchas frias para acalmar os ânimos quando os hormônios estivessem saltando como pipoca dos nossos poros.
Estávamos cientes de que seria árduo o caminho que tínhamos escolhido, mas ao menos teríamos a figura um do outro.
Vocês devem agora estar se perguntando, e Lola, a quantas estará?
Bom, estive evitando Lola, de verdade.
Eu gosto muito da amizade dela, mas enquanto o Persy estiver por perto eu não vou dar asas pro azar, não é? Eu não achava que Persy pudesse mudar de idéia em relação a mim, não sei dizer o motivo, mas estava muito segura nesse ponto, só que, não posso dizer o mesmo de Lola.
Vejam, Lola gosta de manter sua vida sexual ativa, e apesar de estar a espera do cara pra casar, vocês sabem... ela tem uma filosofia de vida bem mundana:
- “Enquanto o príncipe não aparece, me divirto com os plebeus” - Dizia ela, geralmente com os olhos vidrados em algum lugar sombrio.
E posso afirmar a vocês que ela se divertia mesmo, oras, entre nós o único santo era o Persy, e ainda assim suas asinhas estavam começando a perder as penugens.
Meu celular vivia cheio de ligações não atendidas, denunciando que Lola estava desesperada atrás de mim, e certamente ela não estava apenas com vontade de colocar a fofoca em dia, eu sabia muito bem quais eram as suas reais intenções... e elas tinham muito a ver com o Semideus intocado Lars Persy.
E o fato era que eu deixava o celular no vibra o tempo todo, para que o Persy não se incomodasse com o toque insistente do aparelho, ou devo dizer, para que eu não tivesse que explicar que Lola, uma amiga ninfomaníaca estava tentando se comunicar comigo afim de saber um pouco mais sobre ele, não queria mesmo ter que explicar isso ao Persy, seria muito constrangedor. É claro, que Lola viria ao meu encontro, e isso era uma coisa que estava até demorando demais para acontecer.
Então, lá estava eu... me preparando para as minhas divertidas tardes com o Persy quando o celular mais uma vez deu sinais de vida, o toque denunciou uma sms, e a sms em questão era de Lola, e dizia algo mais ou menos assim:
“Fujona! Se Maomé não vai até a montanha... me aguarde”
Devo dizer que este dia foi um dia muito longo, e vocês já vão saber o porque.
Assim que li a sms de Lola, suspirei profundamente imaginando em qual esquina ela iria me pegar, e não foi difícil imaginar que a qualquer minuto ela bateria na porta, mas não do meu apartamento, e sim na porta da casa do Rick, então eu acabava de esvaziar os pulmões, dando um suspiro cansado quando o celular tocou novamente, pensei de imediato:
“Mas que insistência! Está ficando muito chato, Lola, muito chato de verdade!”
Só que quando visualizei o display não era o nome de Lola, era o de Rick, e o meu subconsciente o amaldiçoou instantaneamente:
- “Ahh seu maldito filho da mãe, estávamos eufóricos pela caminhadinha em algum parque, e agora teremos que mudar todos os nossos planos?!”
Bom, eu o atendi com falsa euforia, devo admitir:
- Rick?!!!
- Jussy, minha querida e linda Justine! Já estou em casa, dá pra acreditar? – É claro que não dava, não assim tão rápido, que diabos ele estava fazendo lá?! Ah, eu sei... estava de volta ao lar, ao seu refugio, isso me deixou chateada:
- Ohh, que bom!
- É muito bom mesmo, ah... estou exausto... e então, fazia parte dos seus planos vir até aqui hoje?
Aha! Mal sabia ele!!!
- Hãm... sim!
- Espero que tenha cumprido o que me prometeu, Jussy, - Eu arregalei os olhos, ao mesmo tempo que Rick abaixou o tom de voz, tornando-o confidencial – Porque o Lars... está com uma cara péssima... você não brigou com ele, não é?
Eu quase ri, só não ri porque saber que o Persy estava chateado, me deixou um pouco triste.
- Não, eu... não briguei com ele, e fazendo um balanço até que nos demos... hum... bem.
- Que estranho... bom, então estou te esperando!
Não consegui me alegrar.
Sendo assim, lá fui eu, ânimos no calcanhar, não sabia como reagir, iria deixar as reações como elemento surpresa, mesmo porque se eu pensasse demais, iria correr sérios riscos de não conseguir sair de casa, com dor de barriga.
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