terça-feira, 13 de novembro de 2012

XLIV - Prelúdio para felicidade


Bom, poderia passar horas narrando o quanto a nossa primeira vez foi perfeita, no meio de toda aquela areia e tudo mais, porém não vou transformar minha história com Persy em um conto erótico, porque não existe mesmo nada de erótico quando se trata dele.
O que posso dizer a vocês é algo bem clichê, mas senti que encontrei muito mais do que um homem para admirar, para amar, ou para cuidar... Vai muito além, sinto que encontrei a minha tampa da panela, sabem como é? Eu simplesmente soube que ali não seria o fim da minha história feliz, mas o início, pois por detrás de cada final feliz, há um novo começo na vida da gente... e na minha vida não será diferente, podem acreditar.


Vocês devem estar se perguntando:
"E sobre Madame Shade?!"
Eu pensei no que ela me disse há uns três dias, e isso aconteceu enquanto eu caminhava pelo mercado do Al Simhara, e via um encantador de serpentes de verdade!
A cobra de verdade me fez lembrar Lola, e Lola me fez lembrar de Bridgeport, e Bridgeport me fez lembrar dos acontecimentos recentes e consequentemente cheguei na Madame Shade, acho que ela tinha razão sobre muita coisa, especialmente sobre Lola.
Se Lola encontrou um cara para se casar? Sei lá! Não faz muito tempo que estou no deserto, nem sei se ela e Rick se encontraram. Mas, que ela precisa rever seus conceitos como ser humano, com certeza ela precisa.


Enquanto a mim, não me tornei uma intelectual, nem sei se cresci como pessoa, mas de uma coisa a Madame Shade está certa a meu respeito... minha vida mudou radicalmente e em um curtíssimo espaço de tempo, entretanto só vou confiar nela cem por cento quando Persy finalmente enfeitar o meu dedo com um anel de noivado, por enquanto só estou confiando... hãããm noventa e oito, e isso é uma grande coisa!

Fim.


** Agradeço as minhas amigas(os) por estarem sempre comigo, seja nos comentários do blog ou no facebook, por me fazerem rir, pelo carinho, pela paciência e pelas idéias, amo vocês.**

terça-feira, 6 de novembro de 2012

XLIII - Penúltimo Capítulo: Resoluções


- Lola não veio, Juss.
- Ela não veio?
- Claro que não, você a conhece a muito mais tempo do que eu, até onde achou que ela iria conseguir chegar sem ser notada com o seu falso moralismo e falta de princípios?
- Achei que ela estava disposta a enfrentar um oceano a nado, só para provar que era merecedora de sua, hãm... virtude.
- O que você pensa sobre a Lola, bom... Lola estava bem disposta a me levar para a cama – Ah, como eu odiava Lola, senti pena do Rick por ter se encantado por ela – se dispôs a sacrificar a amizade de vocês, mas não era exatamente pela minha virgindade, ah! Não mesmo.
- Então, o que poderia ser?
- Lola queria saber detalhes da minha vida, queria me expor na mídia de uma forma que eu não quero aparecer... Lola estava exercendo o seu lado profissional, um lado dela que você não conhece muito bem, imagino.
Isso eu conhecia sim, mas, ele não precisa ficar sabendo, não é?!


- Mas, então... você é mesmo famoso, Persy?
- Como me achou no meio do deserto, Juss? – Ele levantou uma sobrancelha, e meu Deus! Ele ficou muito lindo!
- Perguntando sobre... você.
- Se deu conta de como está longe de Bridgeport?
- Alguma...
- Então?
- Tudo bem, Senhor Inglesson, o senhor me convenceu.
 Persy sorriu, daquele jeitinho que eu mais gostava, como um menino... como o meu Persy costumava fazer.



Então iniciamos a caminhada em direção a pirâmide, ainda conversando sobre os acontecimentos recentes.
- E o Rick, o que disse a ele? – Perguntou, apreensivo.
- Rick... bom, Rick não me amava mais, Persy, e eu também não o amava mais... ele me fez compreender, que eu estava fazendo tudo errado, em troca de nada, sabe? E me mostrou que eu estava jogando minha felicidade fora, por não saber lidar muito bem com mudanças... mudanças repentinas.
- Ele te deu um fora? – Persy parecia furioso – Como ele pode ter te dado um fora?
- Hei! Que se dane se ele me deu um fora! Eu estou aqui!
- Ah, sim... é verdade, eu sinto muito devo dizer... mas, vocês não formavam um casal legal.
- Acha mesmo?
- Ah, eu acho, de verdade.
- E por que você acha isso?
- Porque você fica muito mais legal comigo, é lógico!
- E você tem razão. – Completei entusiasmada.


De repente, me lembrei do dia do jantar, onde Persy saiu para levar Lola, e demorou muitas horas para voltar; Resolvi que era o momento ideal para tirar de vez a Kraken Lola da minha vida:
- O que tanto você e Lola fizeram naquela noite em que a levou para casa?
 Ele juntou as mãos em forma de bola em frente ao corpo e as esfregou, enquanto jogava os olhos para todas as direções, após um suspiro pesaroso ele respondeu:
- Eu a deixei em casa, e depois fiquei naquela prainha que te levei para ver o pôr do sol, lembra?
- Claro!  – E como poderia um dia me esquecer? – Por que não voltou pra casa? Fiquei preocupada.


- Não estava nada a fim de ver você e o Rick indo pra cama, se eu ficasse por lá... acho que teríamos tido confusões – Ele fechou o rosto, e suas sobrancelhas se uniram -  não gosto nem imaginar o que pode ter acontecido, pois fico com muita... raiva.
- Persy – Eu o puxei em minha direção, e esfreguei o meu polegar nas ruguinhas que surgiram por entre as suas sobrancelhas, e o fiz me encarar – Como poderia ter acontecido alguma coisa entre mim e Rick naquela noite, se... se eu não conseguia parar de pensar em você? Se não preguei os olhos enquanto não o ouvi chegar... se meu peito só ficou mais leve, quando te ouvi sussurrar “ Vamos lá, Lars Persy... um passo de cada vez” – Ele sorriu, e posso jurar que suas bochechas ficaram vermelhas – Foi só depois de te ouvir, que peguei no sono.
- Então,você me ouviu... – Disse ele, visivelmente sem graça..
- Ouvi, o que quis dizer?
- Estava apenas refletindo em voz alta sobre o nosso plano, e imaginando como iria conseguir lidar com toda a situação sem matar alguém, e ainda ter que parecer calmo e feliz.
- Oh, me desculpe por te fazer passar por isso, juro que não vai mais acontecer... Ainda bem que você é perfeito... Persy, e muito, muito precioso, devo até arriscar a dizer que... eu te amo por ser exatamente do jeito que você é.
- Então somos dois, Juss... pois, eu também te amo por ser ninguém mais do que você mesma.


Ele não permitiu que eu respirasse todo o ar que tinha em volta por estar tão satisfeita, e me surpreendeu ao me atirar suavemente no chão de areia fofa, no que me pareceu um golpe de judô, ou sei lá, e então inclinado sobre mim, completou:
- Sabe, Justine, o bom de você estar aqui é que vou poder te provar muitas coisas, uma delas certamente será sobre eu não ser tão “delicadinho” como você pensa; E também vou poder provar que sou eu quem deve cuidar de você; Afinal, eu sou mestre em artes marciais... sendo assim, eu sou o poderoso aqui e você será a minha protegida.

É claro que depois de tantas declarações nos beijamos, e finalmente rolamos por toda aquela areia, coisa que eu estava com muita vontade de fazer.